Noite de Fados Noite de Fados Eventos SHARE mastercarregalbv , May 14, 2014 / 3267 0 A noite de fados que a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Carregal do Sal levou a efeito no sábado, 10 de Maio, registou sucesso absoluto, quer no respeitante à adesão de público quer em termos de qualidade fadista. Se o limite de oito dezenas de inscrições foi integralmente atingido, também a actuação do grupo de fados correspondeu às expectativas, reunindo bons intérpretes da canção que caracteriza a essência da alma portuguesa, criteriosamente agrupados para o efeito, com deslocação de diferentes pontos do país. A Gabriel Carlos (viola de fado e voz) e Jorge Novo (voz), ambos de Viseu, juntaram-se João Mário (guitarra portuguesa), de Ílhavo, e Cristina de Sousa (voz), de Penafiel. Mesmo com as desfavoráveis condições de acústica do pavilhão, o grupo rubricou uma actuação de excelente qualidade, vincando os créditos concedidos ao fado como canção mais nobre e mais autêntica da cultura popular portuguesa. Gabriel Carlos, músico e cantor viseense com largos anos de experiência, João Mário, um ilhavense que se apaixonou pela guitarra portuguesa quando começou a frequentar uma casa de fados na praia da Vagueira, Jorge Novo, viseense com longa experiência nas lides do fado amador, e Cristina de Sousa, jovem professora do ensino básico penafidelense e exímia praticante do fado, estiveram em bom plano, pondo o ambiente do pavilhão ao rubro, com um público que se integrou perfeitamente na interacção com os fadistas, quando se proporcionava o acompanhamento em coro ou com palmas. Sempre expansivo nos aplausos, o público manifestava-se também com “bravos” e outras exclamações de agrado, pedindo até “mais um” a Cristina de Sousa quando terminou a sua conta de nove fados. O reportório base continha um total de 27 fados, cabendo 9 a cada voz, mas divididos em três séries. A primeira série iniciou-se após as tapas de aperitivo gastronómico, servidas em espetadas de fruta, queijo, pão e presunto. Jorge Novo, Cristina de Sousa e Gabriel Carlos cantaram então três fados cada um, seguindo-se uma interrupção nos fados para o caldo verde, acompanhado com fatias de bola de bacalhau. Deu-se depois vez à segunda série de nove fados, a que se seguiu nova interrupção para as sobremesas (bolo de chocolate e bolo de mármore). A série final terminou em apoteose, com o público de pé a aplaudir os fadistas sucessivamente, à medida que cada um concluía a sua actuação. Sem dúvida, uma noite de fortes sensações para quantos a vivenciaram e de satisfação para a organização! Ernesto de Sousa, presidente da direcção da Associação, expressou essa satisfação ao Farol da Nossa Terra, tanto a nível da actuação dos fadistas como no respeitante às inscrições, frisando que, apesar de o salão comportar mais gente, o limite de 80 inscrições foi determinado de forma a garantir silêncio e qualidade ao ambiente de um espectáculo deste género. Referiu até que mais gente procurou inscrever-se quase em cima da hora e que isso foi recusado por a logística ter sido preparada de acordo com aquele limite de inscrições. Decerto, uma noite que deu vontade de ver repetida! (FONTE FAROL DA NOSSA TERRA)